sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Estranha Crise

A carência do pão, em determinados distritos, é suprida, de imediato, pela superprodução de outras faixas de terra.
Corrige-se a inflação, podando a despesa.
O desemprego desaparece pela improvisação de trabalho.
A epidemia é sustada pela vacina.
Existe, porém, uma crise estranha - e das que mais afligem os povos - francamente inacessível à intervenção dos poderes públicos, tanto quanto aos recursos da ciência nas conquistas modernas. Referimo-nos à crise da intolerância que, desde o travo de amargura, que sugere o desânimo, à violência do ódio, que impele ao crime, vai minando as melhores reservas morais do Planeta, com a destruição conseqüente de muitos dos mais belos empreendimentos humanos.
Para a liquidação do problema que assume tremendo vulto em todas as coletividades terrestres, o remédio não se forma de quaisquer ingredientes políticos e financeiros, por ser encontrado tão-somente na farmácia da alma, a exprimir-se no perdão puro e simples.
O perdão é o único antibiótico mental suscetível de extinguir as infecções do ressentimento no organismo do mundo. Perdão entre dirigentes e dirigidos, sábios e ignorantes, instrutores e aprendizes, benevolência entre o pensamento que governa e o braço que trabalha, entre a chefia e a subalternidade.
Consultem-se nos foros - autênticos hospitais de relações humanas - os processos por demandas, questões salariais, divórcios e desquites baseados na intransigência doméstica ou na incompatibilidade de sentimentos, reclamações, indenizações e reivindicações de toda ordem, e observe-se, para além dos tribunais de justiça, a animosidade entre pais e filhos, a luta de classes, as greves de múltiplas procedências, as queixas de parentela, os duelos de opinião entre a juventude e a madureza, as divergências raciais e os conflitos de guerra, e verificaremos que, ou nos desculpamos uns aos outros, na condição de espíritos frágeis e endividados que ainda somos quase todos, ou a nossa agressividade acabará expulsando a civilização dos cenários terrestres.
Eis por que Jesus, há quase vinte séculos, nos exortou perdoarmos aos que nos ofendam setenta vezes sete, ou melhor, quatrocentos e noventa vezes.
Tão-só nessa operação aritmética do Senhor, resolveremos a crise da intolerância, sempre grave em todos os tempos. Repitamos, no entanto, que a preciosidade do perdão não se adquire nos armazéns, por que, na essência, o perdão é uma luz que irradia, começando de nós.
 (Do livro "Mãos Unidas", "A Estranha Crise", Emmanuel, Francisco C. Xavier)
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sábado, 4 de dezembro de 2010

???????i

Saudade?  lembrança?
cenas de mim criança...
São cheiros, lugares, cores,
pessoas, esperança, amores,
vivências que me acompanham
acordada ou dormindo,
confusão de sentimentos,
sem saber se estou indo ou vindo.
Tudo acontece em segundos,
tão rápido, instantes,
mas os sentimentos
são fortes e constantes,
me  alegram ou doem, indescritíveis;
mas reais, e ficam comigo.
Às vezes são meus algozes,
às vezes meus amigos.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Alvorada Espiritual: FRATERNIDADE DOS DISCÍPULOS DE JESUS

Alvorada Espiritual: FRATERNIDADE DOS DISCÍPULOS DE JESUS: "Fraternidade dos Discípulos de JesusEmmanuel Meus amigos, muita paz.A hora exige a nossa decisão, no sentido de buscarmos a fórmula básica d..."

em protugues

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

SOLIDÃO

Solidão não é estar só,
é não saber quem se é
na rotina que te envolve.
É não saber qual o destino
ou o motivo que te move,
é procurar por si mesmo
e não encontrar o que se quer.
É tentar consertar
os seus defeitos em vão,
é não saber, na verdade,
quais são eles ou onde estão.
É ficar como folhas, que de um galho a cair,
em meio a fúria dos ventos,
não decidem onde ir.

Enfim, estar só
é mais comum do que se pensa;
é sentir solidão
em meio a uma multidão imensa.

                                    Fru
                                29/08/2008.
                                                                 COMUNGANDO




Deixarei  tantas coisas
quando daqui me for,
que nem sentirão saudades
quem sempre me teve amor.

Estarei  em um sorriso,
em uma planta, em uma flor;
na alegria de uma criança feliz,
ou quando ela tropeçar.
Pois assim eu sempre fui,
por isso vão,  de mim, lembrar.
 
No mato, na chuva, no mar,
no por de sol, nas estrelas,
nas nuvens  ou no luar,
em cada coisa que amei
poderão encontrar
um pedacinho de mim,
que certamente irá  ficar!!
 


                                                                  Fru
                                                           22/08/2007


     VIAGENS

Hoje é um daqueles dias
que eu quero voltar para casa
pra brincar de casinha no pátio,
soltar pandorga e jogar pião,
andar de bicicleta ou de pé no chão.
Ai!! Que saudades,
que bela idade,
no  vale  da eternidade...
É,  mas esta é uma viagem
que eu posso fazer agora,
fecho os olhos, vou embora,
fecho os ouvidos e fico lá
ou  volto agora.
Que vontade, que saudades,
que pena, que alegria.
Era tão bom quando eu podia....


                                                                Fru
                                                         30/08/2010

sábado, 21 de agosto de 2010

Certezas

Então, meu velho amado,
lá se vão 22 anos
que o tempo tua ida marcou,
que meus olhos não te vêem,
mas contigo sempre estou.

Sempre moraste em meu peito,
sempre te amei do meu jeito.

A cada dia que passa,
te recordo mais a miúdo,
nunca estiveste tão perto
em meus pensamentos
e em tudo...

Te encontro, em me olhando,
quando falo ou trabalhando,
estás em tudo o que faço,
guiando-me passo a passo.

Te sinto me abençoando,
ao te encontrar dia a dia,
na terra, no sol, nas plantas.
E quanto mais o tempo passa,
mais meu coração se encanta.


Me deste tudo o que sou:
tua alegria faceira,
o amor ao semelhante,
a doação constante, 
a fé em Deus criador,
o poder mental positivo,
a perseverança  incansável,
as metas, os objetivos, 
o respeito pela vida,
a lealdade, a justiça,
a coragem sem preguiça
ao encarar qualquer lida.

Enfim, a esperança certeira
de que não tardará o dia
em que poderemos, de novo,
rever-nos com alegria!

29/12/2009

Tempo...

Oh, tempinho desconcertante
que vai e vem em um instante,
trazendo consigo toda lembrança
do meu tempo de criança.

Traz e leva ao mesmo tempo
a visão, com cheiro e cor,
a paz  a alegria e o amor.
Só deixa a saudade,
a doce e melancólica saudade,
de uma fase da minha idade.

17/10/06

Obra Incompleta

Quando daqui eu partir,
vou deixar obra incompleta,
pois não sei mais parar quieta,
adoro uma invenção!

Já estou tão viciada,
que começo mais de uma obra,
e a ela junto uma dúzia,
quando vejo, a dúzia dobra,
faço bela confusão!

Para pior ficar,
não sei onde encontrar,
ou como posso continuar,
faço aqui, faço ali,
querendo tudo acabar!!!

É por isso que eu digo
"Algo incompleto hei de deixar."