segunda-feira, 23 de julho de 2012

Filhos

Eles eram tão meus
e eu era tão deles.
Eles choravam
eu atendia.
Eles sorriam 
eu me encantava.
Eles brigavam
eu socorria.
Eles venciam
eu vibrava.

O tempo , maravilhoso,
que tudo traz,
que tudo leva,
que tudo ensina,
que tudo cura,
passou...passou...passou, trouxe,
levou,ensinou, curou

Hoje, agradeço ao tempo
que me ajudou,
mas, sem que eu percebesse,
de mim os roubou.

Fê-los crescer tão belos,
tão desnecessitados de mim,
tão maravilhosamente capazes,
que, sem perdê-los,
fiquei, ao vê-los, grata, 
em desvelos.

Isis Reis

24/07/2012

Coração de mãe

Saudades se tem
do que não se tem.
Mas, dependendo
de quem, a saudade
vai e vem porque se tem,
mas com um porém.
O coração atrapalhado
as vezes fica encantado,
às vezes chora baixinho,
com saudades, o coitado


Isis Reis
24/07/2012

sábado, 26 de maio de 2012

LAÍS

Minha querida pequena,
que de anjo, menina veio a ser,
dou graças a DEUS, pois chegaste
para alegrar mais meu viver.
Tua paz, tua beleza
vem minha alma presentear
com os mais belos sonhos
que eu  puder sonhar.
Laís, linda pequena,
também serás bela ao crescer,
pois a benção que trazes contigo
é fazer o AMOR florescer!!!
Gosto de te chamar
de linda, gordinha, minha "Benta",
pois teu olhar, minha amada,
me acalma e acalenta.
Deixo-te como herança
meu amor, minha fé e esperança,
e sei que serás bem feliz,
minha amada e doce criança.

Te amo.
(Em 15 de janeiro 2011- fazes, hoje, 8 meses)

sábado, 14 de janeiro de 2012

Esta Poesia para mim é uma declaração de AMOR para todos nós.

Sinto vergonha de mim!



"Por ter sido educadora de parte desse povo,

por ter batalhado sempre pela justiça,

por compactuar com a honestidade,

por primar pela verdade

e por ver este povo já chamado varonil

enveredar pelo caminho da desonra.



Sinto vergonha de mim

por ter feito parte de uma era

Que lutou pela democracia,

pela liberdade de ser

e ter que entregar aos meus filhos,

simples e abominavelmente,

a derrota das virtudes pelos vícios,

a ausência da sensatez

no julgamento da verdade,

a negligência com a família,

célula-mater da sociedade,

a demasiada preocupação

com o "eu" feliz a qualquer custo,

buscando a tal "felicidade"

em caminhos eivados de desrespeito

para com o seu próximo.



Tenho vergonha de mim

pela passividade em ouvir,

sem despejar meu verbo,

a tantas desculpas ditadas

pelo orgulho e vaidade,

a tanta falta de humildade

para reconhecer um erro cometido,

a tantos "floreios" para justificar

atos criminosos,

a tanta relutância

em esquecer a antiga posição

de sempre "contestar",

voltar atrás

e mudar o futuro.



'Tenho vergonha de mim

pois faço parte de um povo

que não reconheço,

enveredando por caminhos

que não quero percorrer...



Tenho vergonha da minha impotência,

da minha falta de garra,

das minhas desilusões

e do meu cansaço.

Não tenho para onde ir

pois amo este meu chão,

vibro ao ouvir meu Hino

e jamais usei a minha Bandeira

para enxugar o meu suor

ou enrolar meu corpo

na pecaminosa manifestação de nacionalidade.



Ao lado da vergonha de mim,

tenho tanta pena de ti, povo brasileiro!"De tanto ver triunfar as nulidades,

de tanto ver prosperar a desonra,

de tanto ver crescer a injustiça,

de tanto ver agigantarem-se os poderes

nas mãos dos maus,

o homem chega a desanimar da virtude,

a rir-se da honra,

a ter vergonha de ser honesto".



Ruy Barbosa