quarta-feira, 23 de março de 2011

Por de Sol

Vai, SOL amigo,
iluminar outras vidas
com teu calor e luz,
deixando a Terra colorida,
uma vez que a conduz .

Vai e volta amanhã bem cedo,
trazendo  o calor e a alegria,
devolvendo-nos o privilégio
de vivermos mais um dia!

30/04/07

Conversando com as Estrelas

E tu, Dalva ,
vens faceira,
acender no céu,
bem ligeira,
tua luz chamando a LUA,
tua companheira.
Fazes isto para afastar de mim
a melancolia que o por do sol deixou,
e, no meu peito rebuscar a alegria,
que o teu encanto despertou.



30/04/07

FIM de TARDE

E, de repente,
quando pareço
esvair-me no horizonte,
ou levada pelo vento,
olho para tí, MAR,
tão imponente, tão formoso,
tão docemente assustador,
e passa o meu pesar,
passa um pouco a minha dor.

Vejo no por do sol, espantada,
todo dia, uma esperança renovada.

É, como se ao morrer o dia,
e, junto a minha alegria,
tu me enviasses uma mensagem
de inexplicável sofrer gostoso,
de uma renovação, de um novo, de novo! 
É, então, como um pedido de espera
de paciência e de fé
que, após a escuridão da noite,
terei de volta a beleza,
roubada de mim agora,
retornando embevecida,
de surpresas e de vida,
em uma nova aurora.

Medos

Falas de nossas certezas?
por que temê-las,
por que negá-las?
Não será melhor
torná-las nossas amigas?

Ao conhecê-las,
acabamos por amá-las.

De pesos, tornam-se impulsos,
deixando-nos seres mais leves.

Não me crês?
Mas deves.

Põe-te a experimentar.
Vais gostar


02/08/2010


Repensando

Como era bonita minha casa,
e eu nem sabia.
Que doces cantos,
que, com seus encantos,
de amor me enchiam.
Será que por ser criança,
notei só agora?
Eu era rainha, era princesinha
em tempos de outrora!
Explica-se, então,
como me alegro ao sol, à chuva,
com a terra ou ao vento,
meus súditos e companheiros,
tudo em um só momento.



SAUDADE!!!

Nela fala-se tanto,
por ela chora-se e clama-se
até não mais poder,
mas como tudo na vida,
só se conhece, ao ter!
Ela é tudo o que dizem,
é tudo o que se declama,
sendo ainda pior
quando é de alguém que se ama!

O amor e a saudade
são cúmplices pós-graduados,
pois, além de andarem juntos,
fazem tudo com cuidado.
Quando um nos trás alegria,
o outro ataca o amado.

Não tem cura
nem remédio,
não há como prevenir,
quando menos se espera,
ela vem nos atingir.
Sendo boa ou dolorida,
a saudade enrosca o peito,
vai entrando, é metida,
e p'rá curá-la, não tem jeito;
ou se abraça o amado,
ou sofre-se o efeito!!

13/06/07

Sonhos Reais

Sonhos são maravilhas,
com eles tudo se alcança,
os passados são presentes,
retornamos à infância.

Os antigos nos trazem lembranças
e nos preenchem de emoção,
os novos nos dão poderes
para realização.

Sonhar é viver outra vez,
não é ficar no passado,
é clicar no arquivo guardado,
é ser feliz outra vez.
Na nossa vida eterna
todos são computados:
os bons e os maus resultados.

Alguns, aberto por vezes,
para corrigir , salvar 
e aprender a lição
sem precisar deletar.
Até porque nossos sonhos
só nós podemos sonhar,
só nós podemos rever,
sentir, sofrer ou chorar,
mas, também, só nós podemos
cada sonho realizar.
SONHAR, que bom é poder
todo dia  te acessar!!!!


04/09/07

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Estranha Crise

A carência do pão, em determinados distritos, é suprida, de imediato, pela superprodução de outras faixas de terra.
Corrige-se a inflação, podando a despesa.
O desemprego desaparece pela improvisação de trabalho.
A epidemia é sustada pela vacina.
Existe, porém, uma crise estranha - e das que mais afligem os povos - francamente inacessível à intervenção dos poderes públicos, tanto quanto aos recursos da ciência nas conquistas modernas. Referimo-nos à crise da intolerância que, desde o travo de amargura, que sugere o desânimo, à violência do ódio, que impele ao crime, vai minando as melhores reservas morais do Planeta, com a destruição conseqüente de muitos dos mais belos empreendimentos humanos.
Para a liquidação do problema que assume tremendo vulto em todas as coletividades terrestres, o remédio não se forma de quaisquer ingredientes políticos e financeiros, por ser encontrado tão-somente na farmácia da alma, a exprimir-se no perdão puro e simples.
O perdão é o único antibiótico mental suscetível de extinguir as infecções do ressentimento no organismo do mundo. Perdão entre dirigentes e dirigidos, sábios e ignorantes, instrutores e aprendizes, benevolência entre o pensamento que governa e o braço que trabalha, entre a chefia e a subalternidade.
Consultem-se nos foros - autênticos hospitais de relações humanas - os processos por demandas, questões salariais, divórcios e desquites baseados na intransigência doméstica ou na incompatibilidade de sentimentos, reclamações, indenizações e reivindicações de toda ordem, e observe-se, para além dos tribunais de justiça, a animosidade entre pais e filhos, a luta de classes, as greves de múltiplas procedências, as queixas de parentela, os duelos de opinião entre a juventude e a madureza, as divergências raciais e os conflitos de guerra, e verificaremos que, ou nos desculpamos uns aos outros, na condição de espíritos frágeis e endividados que ainda somos quase todos, ou a nossa agressividade acabará expulsando a civilização dos cenários terrestres.
Eis por que Jesus, há quase vinte séculos, nos exortou perdoarmos aos que nos ofendam setenta vezes sete, ou melhor, quatrocentos e noventa vezes.
Tão-só nessa operação aritmética do Senhor, resolveremos a crise da intolerância, sempre grave em todos os tempos. Repitamos, no entanto, que a preciosidade do perdão não se adquire nos armazéns, por que, na essência, o perdão é uma luz que irradia, começando de nós.
 (Do livro "Mãos Unidas", "A Estranha Crise", Emmanuel, Francisco C. Xavier)
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sábado, 4 de dezembro de 2010

???????i

Saudade?  lembrança?
cenas de mim criança...
São cheiros, lugares, cores,
pessoas, esperança, amores,
vivências que me acompanham
acordada ou dormindo,
confusão de sentimentos,
sem saber se estou indo ou vindo.
Tudo acontece em segundos,
tão rápido, instantes,
mas os sentimentos
são fortes e constantes,
me  alegram ou doem, indescritíveis;
mas reais, e ficam comigo.
Às vezes são meus algozes,
às vezes meus amigos.