Sinto vergonha de mim!
"Por ter sido educadora de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
Que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o "eu" feliz a qualquer custo,
buscando a tal "felicidade"
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.
Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos "floreios" para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre "contestar",
voltar atrás
e mudar o futuro.
'Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo
que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...
Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti, povo brasileiro!"De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto".
Ruy Barbosa
sábado, 14 de janeiro de 2012
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Alianças- Poesia que meu pai fez e deu de presente para minha mãe quando eles noivaram (1934)
Aliança, algema divina,
a mais doce das prisões,
é uma roda pequenina
que encerra dois corações.
Modesta, foi na verdade,
porém vale um tesouro,
é toda felicidade
dentro de um círculo de ouro.
Rodinha frágil e fina,
que mais parece um brinquedo,
Com ela qualquer menina
prende o rapaz pelo dedo.
Na mão direita figura,
Com penhor de afeição,
mas é completa ventura
se mudar para a outra mão.
Elo solto da corrente
que DEUS fulgiu de amor puro
e que através do presente
liga o passado ao futuro.
Elo de ouro és a esperança
das horas risonhas e calmas,
felizes,dos que nas alianças
acham a aliança das almas.
Na velhice lembra os enredos
dos sonhos da mocidade
depois, duas em um só dedo,
uma vive, a outra é saudade.
De:Félix Maciel Gambôa
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Ais…..
Ais…..
Meus ais
que por vezes canto
São o pó
Em que se transformou meu pranto.
Alivia meu peito
apertado
Espanta a saudade
p’ro lado
e, respiro aliviada outra vez.
E, é talvez, por isso
que digo os meus “ais”…
E torno a dizer…
Pra aliviar a tristeza da alma
E a alegria de volta trazer…
03/09/20011
Isis Reis
domingo, 28 de agosto de 2011
CHIMARÃO AMIGO
quando a água se agita
e conversa na chaleira,
esta é a hora verdadeira
de o fogo apagar
È neste tom de quentura,
que a cuia, já prontinha
com a erva arrumadinha,
está pronta p'rá cevar.
Tomar chimarrão é um rito,
que só quem gosta dá valor.
Tem sabor de terra minha.
que renova e dá vigor.
Chimarrão é quase um ser
com quem te acostumas a viver.
É amargo,é quente, é gostoso,
é um vício amoroso, que
quem tem não quer perder.
29/02/09.
e conversa na chaleira,
esta é a hora verdadeira
de o fogo apagar
È neste tom de quentura,
que a cuia, já prontinha
com a erva arrumadinha,
está pronta p'rá cevar.
Tomar chimarrão é um rito,
que só quem gosta dá valor.
Tem sabor de terra minha.
que renova e dá vigor.
Chimarrão é quase um ser
com quem te acostumas a viver.
É amargo,é quente, é gostoso,
é um vício amoroso, que
quem tem não quer perder.
29/02/09.
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
terça-feira, 2 de agosto de 2011
É só fechar os olhos e deixar o coração falar
Especialmente hoje, florece em mim a vontade de rever o colorido da cidade.
Renasce em mim a infância esquecida, adolescência perdida, a lembrança escondida do meu tempo de escola.
Por instantes estou lá. Silencio e fecho os olhos. Resgato o burburinho, dezenas de rostos, partes de mim, mesmo que desconhecidos. Pelos corredores, escadarias,
em cada coração é a vida gritando, chamando, borbulhando emoção.
Cruzeiro muito além de um colégio. Cruzeiro do primeiro amor, do primeiro baile,
dos beijos escondidos, das vitórias dos partidos, das risadas, de uma turma de verdade.
As lembranças fazem afago, a saudade é tudo que trago.
Memória.
Amigos
Minha história
Saudade.
Essa dor danada que sem pedir licença fez de mim sua morada.
(Alice Daniel)
Poesia de minha querida amiga Alice/(roubopartilhando)
domingo, 31 de julho de 2011
Estranho...ou gostoso?
Às vezes me sinto
tão estranha,
tão sozinha,
tão fora de lugar...
Músicas, tons, cores
me fazem vagar....
Sou eu, mas não,
sou alguém de outro lugar,
com "flashes" a me perturbar.
Meus sentimentos,
minhas imagens
não são minhas,
realmente, sou outra,
tão perdida, tão sozinha...
Mas, na realidade,
não é de todo ruim,
é um misto de saudade e alegria,
que até lamento quando chega ao fim.
"J" Marketing - Alírio Nogueira - professor Jacaré - Curso de Administração Uberlandia - marketing: A escola dos bichos
"J" Marketing - Alírio Nogueira - professor Jacaré - Curso de Administração Uberlandia - marketing: A escola dos bichos: "Conta-se que vários bichos decidiram fundar uma escola. Reuniram-se e começaram a escolher as disciplinas a serem ministradas. O pássaro in..."
em protugues
em protugues
sábado, 16 de julho de 2011
Poesia da minha Amiga Alice-
Doação
Minha córnea
é doação abençoada
vida em nova morada
luz onde havia breu
é flor brotando da terra
é semente replantada
de um jardim que já morreu
é palavra a ganhar forma
colorido que se transforma
novo mundo que seduz
meus olhos tornam-se tela
vêem a vida da janela
pinturas, sombras e luz
e cada lágrima que brota
sabendo que ninguém nota
qual rio desaguando ao léu
refaço-me passo a passo
descubro em suaves traços
que meu doador é o pincel
(Alice Daniel)
Minha córnea
é doação abençoada
vida em nova morada
luz onde havia breu
é flor brotando da terra
é semente replantada
de um jardim que já morreu
é palavra a ganhar forma
colorido que se transforma
novo mundo que seduz
meus olhos tornam-se tela
vêem a vida da janela
pinturas, sombras e luz
e cada lágrima que brota
sabendo que ninguém nota
qual rio desaguando ao léu
refaço-me passo a passo
descubro em suaves traços
que meu doador é o pincel
(Alice Daniel)
quinta-feira, 7 de julho de 2011
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